O Corpo de Bombeiros usou na manhã desta quarta-feira, 8, o pó químico Cold Fire e, pela primeira vez, conseguiu apagar completamente o incêndio que atingiu tanques no pátio da Ultracargo/Tequimar, no complexo industrial da Alemoa em Santos, litoral sul de São Paulo. Horas depois, os bombeiros comunicaram a volta do fogo. Ainda não há informações se as chamas estão no último tanque atingido ou no chão, onde há combustível derramado.
Nesta manhã, as equipes haviam conseguido conter vazamentos nos tonéis queimados, segundo informações apresentadas pelo prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), logo após reunião do gabinete de crise formado na cidade com representantes do município, Estado e União para acompanhar o acidente.
O encontro do grupo nesta manhã teve a participação do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional, general Adriano Pereira Junior. “O governo federal atua desde o primeiro momento nesta situação. Por orientação da presidente Dilma, nossa presença aqui reforça o apoio, com Petrobras, Exército, Marinha, Aeronáutica, Infraero e FAB. Desde os primeiros momentos esse auxílio é presente”, diz o ministro.
Segundo Occhi, novas demandas foram apresentadas na reunião desta quarta, entre elas a necessidade de um caminhão usado no combate a incêndios em aeroportos e aeronaves. “Esse equipamento está disponível para a ação”, assegurou Occhi.
Relação do porto com a cidade
Durante a reunião, o prefeito de Santos criticou a demora na aprovação de recursos para execução do projeto de reformulação da entrada da cidade e reforçou a necessidade de repensar a relação do porto com a cidade. “Nós esperamos que esse acidente proporcione um novo olhar sobre os riscos aos quais a cidade está submetida. Em 2006, não foram colocadas em prática as diretrizes apresentadas no Plano de Desenvolvimento do Porto (PDZ). O poder público municipal vai agir com absoluto rigor, nas penalidades impostas pelos danos ambientais e também na ocupação e uso do solo naquela área, embora a responsabilidade pela licença ambiental não seja do município”, disse Barbosa.