#OcupaCBF

Bom Senso cobra renúncia de Del Nero e ex-dirigentes punidos

Membros do movimento Bom Senso Futebol Clube, que reúne profissionais ligados ao futebol, fizeram ontem (15) um protesto, o #OcupaCBF, em frente à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para pedir a renúncia de dirigentes como o presidente Marco Polo Del Nero e a punição de envolvidos em escândalos de corrupção, como Ricardo Teixeira e José Maria Marin, que foi extraditado aos EUA.

Além de Raí, a manifestação #OcupaCBF teve a presença de ex­jogadores como Djalminha, Alex e Afonsinho e o treinador Paulo Autuori. O manifesto foi assinado por 130 personalidades de diversas áreas, entre elas os exjogadores Pelé, Tostão e Zico, os atores Thiago Lacerda, Bruno Gagliasso e Wagner Moura, o cantor e compositor Chico Buarque, os treinadores Tite, Ricardo Gomes e Roque Junior? o empresário Abílio Diniz e a presidenta da Atletas pelo Brasil, a ex-­jogadora da vôlei, Ana Moser.

Documento faz fortes críticas à gestão da CBF

Reprodução/Globo Esporte

O documento diz que a CBF passa pela maior crise de sua história e que os últimos três presidentes são réus em investigação policial internacional por fraude na entidade e na Federação Internacional de Futebol (Fifa). “José Maria Marin está preso desde maio, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão indiciados pela Justiça dos EUA desde o dia 3 de dezembro. José Maria Marin está preso desde maio, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão indiciados pela Justiça dos EUA desde o dia 3 de dezembro”, destaca o manifesto.

O manifesto pede a renúncia do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, e de toda a diretoria para, em seguida, convocar eleições livres para o comando da entidade sem o impedir o lançamento de chapas independentes. Os signatários pediram ainda que a Procuradoria­Geral da República, a Polícia Federal e a Receita Federal não deixem “impunes quem corrompeu ou quer continuar a corromper o futebol pentacampeão mundial”.

O secretário­geral da CBF, Walter Feldman, disse que o Brasil lutou muito para que não houvesse ditadura e para que ocorressem manifestações livres e espontâneas nas ruas. “Qualquer manifestação no Brasil, hoje, deve ser vista como um desejo de mudança, de transformação, de avanço, de aperfeiçoamento.

Então, para nós, não há nenhum problema em receber essa manifestação como a que ocorreu agora. Havia uma expectativa, inclusive, de que os manifestantes fizessem uma demanda de entrega de algum documento e eles aqui seriam recebidos”, disse em entrevista à imprensa no hall de entrada da entidade. Feldman disse ainda que a CBF vai analisar o documento e dará a resposta oportunamente.

Para ele, em qualquer instituição deve haver alternância democrática, conforme pede o manifesto, e destacou que a confederação aprovou mudança no estatuto para determinar que um candidato pode concorrer a uma eleição e a uma reeleição, impedindo a permanência por longo período no cargo, como vinha ocorrendo e assegurar a alternância na direção.

O secretário informou que a CBF conversou várias vezes com integrantes do Bom Senso Futebol Clube e fez convites para reuniões com o ex­jogador Raí. “O Raí se negou a vir, considerou que não era oportuno. O Raí perdeu uma grande oportunidade de dizer o que acha que poderia mudar. Seria recebido como todos que aqui estiveram”, disse. “Estamos absolutamente abertos a qualquer expressão de desejo de aperfeiçoamento como vem sendo feito”, acrescentou.

Escândalo da Fifa afeta futebol brasileiro

<,span>Reprodução/Globo Esporte

De acordo com o ex-­jogador Djalminha, as denúncias contra os três últimos presidentes da CBF prejudicam muito o futebol brasileiro. “Essas pessoas se têm culpa ou não já denegriram em muito o futebol brasileiro”, disse. Para ele, os ex­presidentes da CBF estão sendo investigados pelas instituições e órgãos competentes para isso. O comentarista e ex­jogador argentino Juan Pablo Sorin, que jogou no Cruzeiro, também assinou o documento e estava na manifestação.

Ele considerou que o documento pode ser seguido por outros países da América Latina. “É por isso que também estou aqui. Qualquer manifestação que tenha a ver com jogadores latino­americanos, que tenha a ver com tentar quebrar o sistema e as estruturas que não deixam chegar a voz dos jogadores, dos treinadores e do povo, também eu vou apoiar.

Achei muito legal essa iniciativa”, afirmou, destacando ainda que é preciso abrir as confederações após todas as denúncias divulgadas e que envergonhou a todos. “Tanto aqui no Brasil como em todos os países da América do Sul”, acrescentou. Com informações da Agência Brasil.

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