O presidente Jair Bolsonaro enviou mensagem em uma lista de transmissão que mantém no WhatsApp em que comenta o resultado das eleições na Colômbia. O candidato da esquerda, Gustavo Petro, foi eleito presidente no domingo com 40,32% dos votos.

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Em silêncio publicamente, Bolsonaro encaminhou por mensagem a um grupo restrito reportagem da BBC News Brasil que tinha o título “Ex-guerrilheiro vence eleição na Colômbia e será primeiro presidente de esquerda do país”.

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Abaixo da foto, Bolsonaro escreveu: “Cuba… Venezuela… Argentina… Chile … Colômbia… Brasil???”, numa referência ao fato de a esquerda, com Lula, ter chance de voltar ao poder no país.

Abstenção

De acordo com ministros e interlocutores de Bolsonaro, ele chamou a atenção também para a alta abstenção da eleição colombiana. O voto não é obrigatório no país e cerca de 45% dos cidadãos habilitados a votar não compareceram às urnas. Ainda que alta, a cifra configura o menor número de abstenção em duas décadas na Colômbia.

Bolsonaro, no entanto, estaria preocupado com a possibilidade de a abstenção no Brasil também ser alta, mesmo com o voto obrigatório.

Além de evidenciar o fortalecimento da esquerda na América Latina, candidatos progressistas venceram as eleições na Bolívia, no Peru e no Chile, além de já estarem no poder na Argentina , a vitória de Petro teve outro simbolismo: foi reconhecida por seu principal opositor, Rodolfo Hernández, menos de uma hora depois da divulgação dos resultados.

Presidentes se manifestam

Diversos presidentes e líderes de esquerda da América Latina festejaram a vitória de Petro. Mas também a direita, com exceção de Bolsonaro, se manifestou.

Henrique Capriles, que já foi candidato a presidente da Venezuela contra Nicolás Maduro, escreveu: “Hoje, #19Jun, os colombianos votaram em paz e reafirmaram sua democracia. Em pouco mais de 1 hora o resultado foi conhecido. Na Colômbia vivem 2 M [milhões] de venezuelanos. Esperamos que o novo presidente governe com respeito e sem exclusão para eles”.

Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido como tal por mais de 50 países, disse: “A Colômbia é hoje o lar de 2 milhões de venezuelanos que fugiram em busca de futuro. Defendemos que a gestão do novo Presidente @petrogustavo mantenha a proteção aos venezuelanos vulneráveis em seu país e acompanhe a luta da Venezuela para recuperar sua democracia”.

A expectativa é de que Bolsonaro também se manifeste ainda nesta semana.

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