O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado, 24, que a média das queimadas na região amazônica está menor que em anos anteriores. “Está indo pra normalidade essa questão”, disse ao deixar o Palácio da Alvorada para um almoço com o vice-presidente Hamilton Mourão no Palácio do Jaburu. “A floresta não está pegando fogo como o pessoal está dizendo. O fogo é onde o pessoal desmata”, disse.
O presidente afirmou que o trabalho já começou a ser feito contra focos de incêndio. Ele reclamou da falta de recursos orçamentários. “É difícil ter recurso, tudo contingenciado; é o Brasil que eu peguei. Estamos em busca de fazer o melhor pelo meu País”, disse.
Bolsonaro chegou a dizer na conversa com jornalistas que teria conseguido R$ 40 milhões para ações de combate às queimadas neste momento. Quando informado de que na coletiva de imprensa mais cedo do Ministério da Defesa foi informado o descontingenciamento de R$ 28 milhões, o presidente afirmou que quem sabe é o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não sei. Ontem se falou em R$ 38 milhões na reunião. Chega na hora, vai ver tem R$ 28, R$ 10, R$ 5, um real”.
Quando questionado se o governo não demorou a agir, o presidente destacou o tamanho da Amazônia para falar da dificuldade das ações. “A Amazônia é uma área maior que a Europa. Se eu tivesse 10 milhões de pessoas, não conseguia fazer a prevenção.”
O presidente lamentou o que tem acontecido e voltou a dizer que alguns incêndios são espontâneos e outros criminosos. Ele afirmou que a região tem 20 milhões de habitantes que dependem de incentivo do Estado. E voltou a falar que os índios são massa de manobra. Segundo ele, 14% do território é reserva indígena e há lobby do bem e do mal. “Como conseguiram demarcar tanta terra? Índio é massa de manobra”, disse.