O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), participou de uma solenidade em Curitiba, na tarde desta sexta-feira (10), em sua primeira visita à cidade desde que tomou posse. No mesmo dia, poucas horas antes, esteve em Foz do Iguaçu, assinando a ordem de serviço para a construção de uma nova ponte entre o Brasil e Paraguai.
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Na capital paranaense, onde chegou por volta das 16h40, a missão de Bolsonaro foi dar início ao funcionamento do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da Região Sul (CIISP-Sul), estrutura inaugurada em dezembro do passado pelo então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Também participam do lançamento o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do secretário de Operações Integradas, Rosalvo Ferreira Franco, o ministro do gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas,
governadores do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), o governador em exercício do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira, e a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr.
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Bolsonaro quebrou o protocolo para fazer um discurso inicialmente não programado durante a cerimônia de ativação. O presidente agradeceu o apoio paranaense à sua eleição e reafirmou sua política de flexibilização do porte e posse de arma. “O que não falta aqui é gente boa nessa Pátria. Boa parte dessas pessoas estão aqui no Paraná”, disse. “O momento é de cumprimentar Moro e sua equipe por mergulhar no crime organizado no país” afirmou.
Ainda sobre a flexibilização do acesso às armadas, o presidente deixou claro o que pensa sobre o assunto. “Não recuamos diante de quem se diz especialistas em segurança, mas que se soltar um traque de São João cai no chão”, apontou. Ele não atendeu a imprensa nem antes nem depois do evento.
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Moro destacou que o serviço do Centro de Inteligência deverá apresentar resultados em curto prazo. “Precisamos fazer melhor com o que já temos. O melhor meio é a integração. A ideia é criar um centro integrado em cada região do país”, disse. No ano passado já havia sido criado um centro em Fortaleza que, segundo Moro, atuou na crise de segurança no Ceará, no início do ano. “Não é um centro para atender o estado do Paraná, mas toda a região Sul”, destacou.
A cerimônia aconteceu no Palácio Iguaçu. Do lado de fora, manifestantes, principalmente estudantes, fizeram um protesto, questionando o corte de verbas anunciado pelo Ministério da Educação e contra a proposta de Reforma da Previdência do governo federal. Um grupo de pessoas também foi declarar apoio ao presidente. A segurança no local foi reforçada, mas a manifestação segue pacífica.
Centros Integrados de Segurança
O CIISP-Sul funcionará no prédio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), no Centro Cívico. Além de agentes de segurança pública dos três estados do Sul, a estrutura reunirá representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e de outros órgãos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Entre os objetivos estão a integração de agentes das diversas instâncias para a produção de conhecimentos estratégicos e o acesso integrado aos conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a segurança pública nacional.
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Na inauguração do CIISP-Sul, no fim de 2018, o então ministro Raul Jungmann anunciou a possibilidade de policiais da Argentina e do Paraguai também atuarem na unidade, por causa da tríplice fronteira. Na semana passada, o ministro Sergio Moro inaugurou em Brasília o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Nacional (CIISPN).
Outros Centros Integrados de Inteligência de Segurança Pública (CIISP) serão instalados em cada região do país. A unidade que integra os nove estados da região Nordeste, com sede em Fortaleza, no Ceará, já está em operação. Belém, capital do Pará, sediará o CIISP do Norte. As sedes dos CIISPs das demais regiões ainda não foram anunciadas.
Foz do Iguaçu
Antes de chegar a Curitiba, Bolsonaro participou, com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, do lançamento da pedra fundamental da segunda ponte que ligará a cidade ao país vizinho. O evento foi no Marco das Três Fronteiras.
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Foi a segunda vez que Bolsonaro visitou Foz do Iguaçu desde que foi eleito presidente da República. Em fevereiro, ele esteve na cidade para a posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna.
A visita ficou marcada por um discurso controverso em que o presidente homenageou o general Alfredo Stroessner, ditador que governou o Paraguai entre 1954 e 1989. Na fala, bastante criticada, Bolsonaro também fez elogios a militares brasileiros que comandaram o país no período da ditadura.
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