O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama, Michelle, decidiram ficar em silêncio no depoimento na manhã desta sexta (31) à Polícia Federal sobre o caso das joias e presentes dados a ele durante o governo. A defesa do casal afirma que o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria competência para esta investigação.

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Segundo apuração da Folha de São Paulo e da GloboNews, a alegação foi feita pelos advogados à Procuradoria-Geral da República (PGR). A Gazeta do Povo tenta contato com a defesa do ex-presidente.

“Considerando ser a PGR a destinatária final dos elementos de prova da fase inquisitorial para formação do juízo de convicção quanto a elementos suficientes ou não a lastrear eventual ação penal, os peticionários, no pleno exercício de seus direitos e respeitando as garantias constitucionais que lhes são asseguradas, optam por adotar a prerrogativa do silêncio no tocante aos fatos ora apurados”, afirmam.

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A defesa de Bolsonaro diz que “cumpre ressaltar” que o ex-presidente “já prestou depoimento formal perante as autoridades competentes” em abril em outro inquérito policial, que tramita na 6ª Vara Criminal Federal de Guarulhos.

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Na ocasião, dizem, Bolsonaro forneceu “todas as informações que lhe foram solicitadas a respeito dos fatos objeto desta investigação, não se furtando a responder a qualquer indagação”.

“Os peticionários optam, a partir deste momento, por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que estejam diante de um juiz natural competente”, diz o documento assinado pela defesa. Em síntese, a defesa do ex-presidente defende que o processo seja remetido à 1ª instância do Judiciário.

Bolsonaro e Michelle chegaram à sede da Polícia Federal em Brasília por volta das 10h40, com o depoimento marcado para às 11h.

Além do ex-presidente e da ex-primeira-dama, também foram convocados a prestarem depoimento à PF o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid; o pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid; os advogado Frederic Wassef e Fabio Wajngarten e dois ex-auxiliares de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.

Wassef foi ouvido na sede da PF em São Paulo. “Estou absolutamente tranquilo, jamais cometi qualquer irregularidade ou ilícito e tenho sido vítima de fake news. Jamais mudei de versão, jamais voltei atrás”, disse a jornalistas antes do depoimento.

Apuração da Folha de São Paulo aponta, ainda, que Fabio Wajngarten e Marcelo Câmara também permaneceram em silêncio nos depoimentos.

A oitiva simultânea dos oito citados foi pedida pela PF na semana passada para evitar que conversassem sobre as informações prestadas à autoridade e combinassem versões, segundo apuração com fontes.

Eles foram convocados a prestar esclarecimentos no caso que investiga o suposto desvio de joias e presentes recebidos pelo ex-presidente para venda nos Estados Unidos, descoberto nas investigações que levaram à Operação Lucas 12:2, desencadeada pela autoridade há quase três semanas.

Bolsonaro seria ouvido, ainda, no inquérito que apura a suposta disseminação de fake news em mensagens enviadas a empresários. No entanto, a defesa dele pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o depoimento seja adiado por não ter tido acesso aos autos.

O ex-presidente seria questionado sobre até que ponto teria participação no caso após a Polícia Federal apurar que joias e presentes teriam saído do país no final do ano passado em um avião oficial que o levou aos Estados Unidos. A defesa de Bolsonaro tem negado todas as irregularidades e colocou o sigilo bancário dele à disposição do STF após Moraes ter autorizado o acesso aos dados.

A alegação dos advogados é de que os presentes eram itens personalíssimos e, portanto, não haveria irregularidades numa suposta venda. O esquema, segundo a PF, era supostamente operacionalizado por Mauro Cid e o pai, Lourena Cid.

Já o depoimento de Mauro Cid é o segundo apenas nesta semana e vem de uma sequência de oitivas, sendo que na última segunda (28) ele foi ouvido por mais de 10 horas pela PF. O conteúdo das declarações está em sigilo.

Por outro lado, Michelle Bolsonaro foi convocada a depor após ter o nome citado em conversas sobre um suposto presente desaparecido, referente ao período entre a viagem do casal aos EUA em 30 de dezembro de 2022 e a operação de resgate em março. O desaparecimento deste presente provocou preocupações e esforços para recuperá-lo, especialmente após as joias apreendidas no aeroporto de Guarulhos ganharem destaque na mídia.

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