O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta sexta-feira (27) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin. Durante a live semanal, o mandatário afirmou que Fachin agiu motivado por interesses políticos ao anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado.
Bolsonaro disse ainda que o ministro do Supremo Tribunal Federal foi “militante de esquerda, advogado do MST”. O petista é o principal adversário de Bolsonaro na disputa pelo Planalto.
“Qual o interesse do Fachin em dizer que o CEP [Código de Endereçamento Postal] da ação na Lava Jato contra o Lula em Curitiba tinha que ser em São Paulo ou no Distrito Federal? O problema foi esse, em cima disso o sr. Fachin foi o relator de uma proposta. Ele deu o sinal verde e a turma dele no Supremo, por 3 a 2, aprovou a ‘descondenação’ do Lula”, afirmou o presidente.
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“Ele [Fachin] botou o Lula para fora. Agora, botou para fora só para vê-lo livre? Ele [Lula], segundo o Supremo, é elegível, disputa as eleições. A gente entende do lado de cá que ninguém vai botar o cara para fora com condenações grandes em três instâncias simplesmente para ficar passeando por aí com sua namorada, noiva e agora com sua jovem esposa. Colocou para fora, no meu modesto entendimento, para ser presidente da República”, completou o atual chefe do Executivo.
Em março do ano passado, Fachin declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, a primeira instância da Lava Jato, para julgar processos que envolviam Lula e determinou o envio das ações à Justiça Federal do Distrito Federal. Fachin entendeu que a Vara de Curitiba não era o foro natural do caso. A decisão devolveu os direitos políticos ao ex-presidente, que estava enquadrado na Lei da Ficha Limpa por causa da condenações por órgão colegiado nos casos do tríplex e do sítio de Atibaia.
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Em 2015, quando foi aprovado pelo Senado para assumir a vaga no STF, a assessoria de Fachin disse que o ministro nunca trabalhou para o MST. Em 2008, o ministro assinou um manifesto de apoio ao movimento, que na época era alvo de uma ofensiva do Ministério Público do Rio Grande do Sul, informou a Folha de S. Paulo.