A juíza Marixa Rodrigues chamou o réu Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, à sala do júri por volta das 16 horas desta segunda-feira, 22, no Fórum Pedro Aleixo, em Contagem (MG). Bola aparentava nervosismo. Também já foram sorteados os jurados do Conselho de Sentença, que é formado por quatro homens e três mulheres. Logo após, teria início o interrogatório da delegada Ana Maria Santos. Bola é acusado de matar e sumir com o corpo de Eliza Samudio, ex-amante do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza.
Na retomada dos trabalhos, a juíza Marixa Rodrigues indeferiu todos os questionamentos feitos pelo advogado de defesa de Bola, Ércio Quaresma, durante a preliminar. Quaresma havia questionado o fato de uma das juradas do julgamento de Bruno ter passado mal e isso não ter constado da ata. “O incidente não foi ocorrido durante os trabalhos. Embora a jurada tenha recebido atendimento médico, foi preservada sua incomunicabilidade’, afirmou a juíza.
Sobre o atestado de óbito de Eliza e a alegada falta de competência do Fórum de Contagem para realizar o julgamento, Marixa disse que esta é uma “questão já ultrapassada, nesta e em outras instâncias superiores”, que reconheceram a Comarca de Contagem como legítima para realização do júri.
Marixa também indeferiu alegação de cerceamento de defesa pela realização do julgamento sem a presença de Jorge Luiz Lisboa, o primo de Bruno arrolado como testemunha e que não compareceu, a exemplo do ocorrido no julgamento do goleiro. “Tendo residência fora desta comarca, não tinha obrigação de comparecer”, afirmou a juíza.