Após sete anos sem demonstrar interesse no Brasil, a área de defesa da americana Boeing, com receita anual de US$ 32,1 bilhões, está de volta ao País de olho na oportunidade de participar da concorrência para a compra de caças por parte da Força Aérea Brasileira (FAB). O Programa FX-2 é uma concorrência avaliada em US$ 2,2 bilhões para a compra de 24 a 36 aeronaves. Outras corporações da aviação militar já revelaram interesse em participar, como a russa Sukhoi, a anglo-sueca Gripen e a francesa Dassault.
Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a condição para realização do negócio é que haja transferência de tecnologia. De todos os interessados no contrato de fornecimento, o único que revelou a disposição de abrir conhecimento sensível foi a Dassault Aviation, em relação a seu supersônico Rafale. O governo dos Estados Unidos veta esse tipo de operação.
Um dos principais executivos da Boeing Integrated Defense Systems, Joseph T. McAndrew, está no Brasil para pesquisar as necessidades do País na área. O objetivo é apresentar uma nova configuração do F-18 Super Hornet, a E/F. O caça entrou na primeira fase do Programa FX, em meados de 2001. Na época, a Boeing se retirou da disputa porque o preço era alto demais para o orçamento da FAB, de, limitado a US$ 700 milhões.
"Minha intenção é construir relacionamentos. A Boeing esteve bastante ausente aqui. Nós queremos ser um provedor total de soluções", afirmou McAndrew.