O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira (27) que caso a crise internacional faça diminuir a oferta de recursos para as empresas brasileiras o banco vai suprir a oferta de capital para garantir os investimentos. Coutinho afirmou que o ideal é que os mercados fiquem tranqüilos, "mas, se apertar o crédito lá fora, temos condições de suprir o hiato".
Ele afirmou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva são grandes aliados da instituição nesse sentido. O executivo também afirmou que o banco vai manter, e se possível melhorar, suas condições de financiamento, quando perguntado se uma eventual escassez de recursos no exterior faria o BNDES aumentar o spread (diferença entre o custo de captação de recursos pelo banco e a taxa de juros cobrada nos empréstimos).
Coutinho disse ainda que a manutenção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6,25% ao ano, decidida hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), "é perfeitamente esperada". De acordo com ele, a taxa de juros está em um nível confortável, considerando a inflação, e só se deve esperar a redução da TJLP quando houver declínio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da Selic, taxa básica de juros, atualmente em 11,25% ao ano.