O bloco Madalena, na região da Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo, saiu às 15 horas. Apesar da multidão, o bloco tem um clima familiar, com muitos pais e crianças fantasiadas pulando ao ritmo de música baiana.
A atriz Vivian Barrabir, que completou 60 anos nesta semana, diz que “o tempo dela é hoje” e que os carnavais de rua de São Paulo “não devem nada para a folia de antigamente”.
Muitas fantasias e adereços fazem referência à campanha “não é não” contra o assédio sexual. Neste ano, quase não se vê no bloco Madalena foliões com referências a figuras do universo político. Se nos últimos anos, o Japonês da Federal e Sérgio Moro apareciam nas máscaras da folia, desta vez, ficaram de fora.
“A gente não aguenta mais político. O carnaval é pra esquecer dessa gente”, disse a advogada Luciana Soares, 29 anos, que estava fantasiada de unicórnio. “Unicórnio não tem partido, não é de esquerda, não é de direita, nem sexo definido tem”, completou.
No início do bloco, os foliões passaram por uma série de barreiras – onde foram revistados. A ideia era evitar entrada de objetos cortantes, armas e entorpecentes. O bloco segue no sentido Largo da Batata, em Pinheiros.
As revistas vêm ocorrendo desde sábado (10). Ontem (10(, porém, no Largo da Batata, a revista não foi efetiva em relação à maconha, por exemplo. Não era difícil se deparar com vendedores no meio do largo oferecendo não só maconha como lança-perfume. Neste domingo (11), na Faria Lima, a segurança já apreendeu um facão – que era de um catador de latinhas que trabalhava no local.