Policiais militares e agentes penitenciários realizam ontem revistas em penitenciárias do oeste paulista que abrigam líderes e membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), entre elas o Centro de Readaptação Penitenciário (CRP), de Presidente Bernardes, onde está detido Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado líder máximo da facção criminosa.
As revistas tiveram início na terça-feira, na Penitenciária 2 (P-2), de Presidente Venceslau, e na P-2 de Mirandópolis. Em Venceslau, os PMs encontraram seis celulares, buracos nas paredes e teto das celas, e um túnel não concluído. Em Mirandópolis, foram apreendidos um celular e oito carregadores, alicate, serras, talhadeira, tesoura, faca, 21 estiletes e um túnel que seria usado para fuga. As blitze de ontem tiveram início por volta das 8h e se prolongaram até o início da noite.
Em Venceslau, os líderes se recusaram mais uma vez a sair para o banho de sol em protesto contra o esquema rígido de segurança e contra o pouco tempo de horário de visitas, de 2 horas, contra 7 horas nos outros presídios. Houve denúncias de novas rebeliões em série e de ataques a alvos militares em Venceslau. Por conta disso, a polícia entrou em alerta, mas a Secretaria de Administração Penitenciária informou que essas ameaças são rotineiras.
Metralhadora
O ajudante-geral José Antônio Lisboa Azevedo, de 26 anos, foi preso na madrugada de ontem na Rua Chá dos Jesuítas, no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo, com uma metralhadora Beretta. Ele era foragido do Instituto Penal Agrícola de Bauru, a 335 quilômetros de São Paulo. De acordo com o Departamento de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc), Azevedo é integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e guardava drogas e armas em casa.
Durante a operação, realizada terça-feira à noite, os policiais também prenderam Enoque Alves da Silva, o Alemão, Graxa Cleber Hernandes de Brito, e Emerson Gonçalves Capato. Os investigadores encontraram 1,5 quilo de maconha com eles.
