Biscaia é acusado de ?lacrar? a CPMI

A determinação do presidente da CPMI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), de manter lacrados até segunda-feira, no cofre da comissão, dados sobre a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos na compra do dossiê contra tucanos foi apontada ontem, pelo sub-relator de Sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), como mais uma prova de que Biscaia quer impedir que a investigação comprometa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes da eleição de domingo.

Os documentos chegaram à comissão quinta-feira à noite. Foram encaminhados pela Polícia Federal depois dele e do vice-presidente da CPMI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), acusarem a cúpula da instituição de sonegar informações para atender aos interesses do governo.

O sub-relator afirmou que, se tivessem acesso aos dados, ele e os técnicos da comissão teriam condições de identificar quem falou o que no período em que a trama do dossiê foi armada. ?Tudo isso demonstra que ele (Biscaia) realmente não quer que a verdade venha à luz antes da eleição?, criticou.

Para o deputado, o procedimento é típico de quem quer favorecer o Palácio do Planalto. ?Não é possível impedir que se trabalhe para mostrar ao Brasil a verdade sobre a origem deste dinheiro, Biscaia não tem o direito de fazer de fazer isso com o país?, condenou.

Segundo Carlos Sampaio, Antônio Carlos Biscaia ?era um no primeiro turno da eleição, mas passou a ser outro agora?. ?No primeiro turno, ele aplaudia o fato de eu trabalhar sábado e domingo para apurar o nome dos parlamentares envolvidos no esquema sanguessuga?, contou. ?No segundo turno, ele critica quando quero descobrir quem são as pessoas do governo envolvidas no escândalo do dossiê?, afirma.

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