Brasília

– O presidente do Banco Mundial (Bird), James Wolfensohn, reúne-se hoje com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a ajuda da instituição ao País no próximo governo. Atualmente, existem perto de US$ 4,5 bilhões a serem desembolsados para o País. No entanto, Wolfensohn tem afirmado que o montante destinado ao Brasil não estará definido antes de uma conversa com Lula.

A ajuda virá não só na forma de recursos, mas também com assistência técnica e com a experiência do banco em programas sociais. Segundo a assessoria do Bird, Wolfensohn pretende conhecer Lula e ouvir dele “como o banco pode ajudar o programa de governo do Brasil”. O oficial principal da instituição para o País, Antonio Rocha Magalhães, esteve ontem no escritório de transição do novo governo para acertar os últimos detalhes do encontro. Dos recursos que o Bird já colocou à disposição do Brasil, US$ 2,5 bilhões são da carteira normal de empréstimos a serem liberados entre julho deste ano e junho de 2003. Os outros US$ 2 bilhões são o aporte adicional aprovado para o Brasil em agosto deste ano, em adição aos US$ 30 bilhões emprestados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O uso desses US$ 2 bilhões ainda não foi definido e o dinheiro poderá ser empregado tanto em projetos de investimento quanto para reforçar o balanço de pagamentos do País. O destino será discutido com o novo governo. É notória a boa disposição do Banco Mundial com relação ao novo governo. Anteontem, Wolfensohn esteve na cidade pernambucana de Garanhuns, terra natal de Lula, visitando um projeto de redução da pobreza na área rural financiado pela instituição. De acordo com dados do Bird, metade da população do Nordeste é, direta ou indiretamente, atendida por programas financiados pela instituição.

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