Um bicheiro com pesada ficha criminal veio agravar as denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ex-chefe do jogo em Maceió e Murici, Plínio Batista conta que financiou as campanhas eleitorais da família Calheiros, incluindo a de Renan, em 1994. Afirma, ainda, que fez empréstimos à Prefeitura de Murici, então comandada por Remi Calheiros, irmão do senador, e exibe cópias de cheques.
Tentando demonstrar que tinha intimidade com o clã, ele relata que foi à posse de Renan no Ministério da Justiça, em 1998. Segundo a sua versão, o ministro nunca teve o menor constrangimento em recebê-lo e até indagava: ?Como vai o nosso zoológico?? Batista, que garante ter deixado a contravenção, teme pela própria vida por ter enfrentado Renan.
O advogado do senador, Eduardo Ferrão, garante que são apenas acusações requentadas da campanha eleitoral. ?O senador tem processado os autores de denúncias a respeito desses temas?, afirmou.
Ao longo do dia, Renan tentou mostrar tranqüilidade e reiterou que não renuncia. Ele conhece bem o regimento – em 2001, era líder do PMDB e viu de perto a crise que levou Jader Barbalho (PA) a abrir mão do mandato para salvar os direitos políticos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo