Brasília – O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tem na manga uma nova proposta para reduzir o volume de recursos carimbados para a área da saúde. No momento em que se começa a pensar numa regulamentação para corrigir a verba destinada à área, Bernardo sugere que a vinculação seja calculada de acordo com a variação da inflação e do crescimento da população. Até agora havia apenas duas fórmulas em discussão: a vinculação corrigida pela variação do PIB ou um percentual do orçamento.

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?O sistema de aumento de despesa em função do PIB nominal foi importante, pois aumentou os recursos nos últimos cinco anos. Agora é hora de estabelecer outra equação?, disse Bernardo. Desde que assumiu o cargo, o ministro mostra-se insatisfeito com a fórmula de vinculação dos recursos da saúde. Ele argumenta que o sistema atual levará a uma situação insustentável.

Redução

Mesmo sem saber ao certo se continua à frente da pasta, o ministro da Saúde, Humberto Costa, reagiu de forma enfática contra a idéia apresentada por Paulo Bernardo. Ele argumenta que a fórmula cogitada pelo ministro do Planejamento, na prática, reduziria os recursos para o setor.

?Quem está na área social e conhece a política específica de cada setor sabe que é impossível fazer o que se está fazendo hoje com menos recursos?, afirmou Costa.

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A regra que vinculou verbas do Orçamento para a área de saúde, a Emenda Constituicional 29, determinou que até 2004 os recursos destinados pela União seriam reajustados de acordo com a variação do PIB. Passado este período, uma regulamentação deveria ser feita, determinando a forma exata da vinculação.

No ano passado movimentos populares começaram a organizar a discussão de novas regras. Ao mesmo tempo, um projeto sobre o assunto tramita no Congresso Nacional. Apesar da pressão de movimentos sociais, o ministro da Saúde preferiu adiar a discussão sobre as novas regras para este ano. 

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