Beltrame: presidiário mandava ordens por parentes

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que escutas telefônicas provam que presos do Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, usam parentes para repassar ordens aos comparsas. A revelação ocorreu após a Operação Família S.A., da Polícia Civil, que prendeu 23 pessoas ligadas ao traficante Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel, um dos chefes do Comando Vermelho (CV). O secretário disse que a operação “quebrou paradigmas” e que atacará a “estrutura financeira dos líderes do quadrilha”.

“De dentro dos presídios, de maneira confortável, eles passam aos familiares ordens para que os subordinados cometam crimes no Rio. De agora em diante, aqueles que empreendem ações criminosas no Rio terão suas famílias investigadas e presas”, afirmou Beltrame. O Ministério da Justiça informou que vai averiguar a denúncia. De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional, apenas durante a visita íntima os presos não são monitorados pelos agentes.

As investigações dos familiares de Isaías do Borel começaram em fevereiro de 2008. No mês seguinte, os policiais da 19ª Delegacia de Polícia da Tijuca (zona norte) conseguiram autorização judicial para as interceptações telefônicas e iniciaram várias operações nas favelas do Borel, Turano e Formiga, que seriam comandadas por Isaías e comparsas do Comando Vermelho.

A mulher de Isaías, Silvia Regina Rosário Rodrigues, e a irmã do traficante Emília da Costa Rodrigues foram flagradas dando ordens a traficantes. “As interceptações mostram a mulher e a irmã passando os recados e afirmando categoricamente que eram ordens dadas pelo presidiário. Não há dúvidas da participação de Isaías. Em vez de telefone, ele usa os familiares”, disse o delegado titular da 19ª DP, Luís Claudio Cruz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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