Beltrame evita novas críticas à PF no Rio

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, não quis alimentar a polêmica que ele mesmo começou com a Superintendência da Polícia Federal do Rio. Beltrame havia criticado a PF por omissão no combate ao tráfico de drogas e armas, que alimentam as facções criminosas do Estado.

Ontem, em uma possível resposta, uma nota da Polícia Federal sobre a Operação Bicho Solto mencionou que bicheiros atuam livremente na cidade, inclusive nas proximidades de prédios da polícia e da própria Secretaria de Segurança.

Ao depor no Inquérito Civil Público (ICP), aberto pela Procuradoria da República a partir da suas declarações, ele evitou novas críticas e alegou que as queixas foram mais à falta de um planejamento conjunto. Não individualizou responsabilidades e tampouco comentou a ação de cada um dos órgãos.

Beltrame prestou esclarecimentos por uma hora e meia para os procuradores da República Marcelo Freire e Fábio Seghese. Admitiu informalmente que a operação Bicho Solto, com a qual a Superintendência da Polícia Federal do Rio combateu, na véspera, o jogo do bicho, era uma possível retaliação às suas declarações, posição compartilhada por alguns procuradores. Mas o secretário não quis registrar tais impressões no papel.