A troca de bebês ocorrida há dois meses na Casa de Saúde Santana, da cidade de Feira de Santana, a 108 quilômetros da capital baiana, acabou unindo as duas famílias envolvidas: os pais serão padrinhos de Mateus e Aline, as crianças trocadas. ?Foi um caso que começou ruim e acabou bem?, disse o médico Angelo Mário Carvalho e Silva, um dos diretores da Casa de Saúde Santana que pagou o exame de DNA dos dois bebês; contratou uma psicóloga para acompanhar a devolução das crianças aos pais verdadeiros, marcada para amanhã (27) pela manhã, e deve providenciar a retificação das certidões de nascimento.

Quem primeiro desconfiou do erro foi a dona de casa Agnacelma de Jesus, casada com um comerciário. Ela havia feito exames de ultrassonografia durante a gravidez que revelaram o sexo masculino do bebê. No dia do parto ela não viu o filho. Quando chegou em casa surpreendeu-se ao saber que tinha dado à luz uma menina, chamada de Aline. Como conheceu a mãe do outro bebê, Elaine Silva Alves, no mesmo hospital, decidiu procurá-la para falar da suspeita. Elaine teria ficado com o filho de Agnacelma, Mateus.

As duas famílias procuraram a direção da Casa de Saúde que aceitou fazer exames de DNA num laboratório de Belo Horizonte. O resultado chegou hoje e confirmou as suspeitas de Agnacelma. Elas iriam trocar os bebês hoje mesmo, mas pediram um dia para se despedirem das crianças.

Para não perder contato, as famílias decidiram preservar os nomes dos bebês nas novas certidões de nascimento. Além disso  Agnacelma e o marido serão padrinhos de Aline sua filha ?falsa? e o outro casal os padrinhos de Mateus.

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