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Bebês exigem cuidados redobrados em dias mais quentes

As altas temperaturas registradas nos últimos dias da Primavera estão incomodando até mesmo quem gosta de calor. Na cidade de Antonina, no litoral paranaense, a sensação térmica surpreendeu ao chegar a 81ºC, quando os termômetros registravam 40,2ºC. Tomar bastante água, usar uma roupa mais leve, curtir uma praia ou um banho de piscina ajuda a refrescar, mas para crianças os cuidados devem ser redobrados nesta época do ano. O verão começa no dia 21 de dezembro e promete dias com temperaturas elevadas.

“A Laurinha fica muito suada e incomodada com o calor. À noite, procuro colocar pouca roupa e uma toalha por baixo para não deixar o lençol molhado. Ela tem acordado de hora em hora. Além disso, o verão traz os pernilongos”, diz Kátia Oliveira, mãe da Laura de 2 anos. Ela também procura dar muita água e frutas como a melancia para refrescar a filha.

A pediatra e neonatologista Maria Cecília Correia Hyppolito lembra que os pais devem ter atenção principalmente com os bebês com menos de 2 anos.

“Use roupas leves, ofereça muito líquido, frutas e alimentos frescos. Evite também exposição solar em horários mais quentes. Pode permanecer ao ar livre, mas na sombra”, indica Hyppolito.

Outra preocupação é com as assaduras. É importante realizar trocas frequentes de fraldas. No calor, também é comum as crianças ficarem com bolinhas vermelhas pelo corpo, o indicado é dar mais de um banho ao dia.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as temperaturas também bateram recorde. Na terça-feira, 18, a temperatura chegou a 34,4ºC no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista. Nesta quarta-feira, 19, a previsão é de 28ºC e na quinta-feira, 20, de 33ºC. No Rio, os termômetros registraram 40,6ºC na estação meteorológica de Santa Cruz, na zona oeste, na terça-feira.

Segundo a Climatempo, a Primavera está terminando e teve muitos eventos de frio atípico nos Estados do Sul, do Sudeste e em Mato Grosso do Sul. Mas de repente, o calor entrou em cena.

“Há vários dias, cidades dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, de todos os Estados da Região Sul e do Mato Grosso do Sul têm estado na lista das 10 mais quentes do País, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia e não é com calor de 30°C, 32°C, mas um calor realmente extremo entre 37°C e 40°C”, destaca a Climatempo.

Fábio Araújo é pai da Sofia de 5 meses e meio. Ele concorda que o excesso de calor traz muito desconforto para os bebês.

“Minha filha fica muito incomodada com o calor. Procuro deixar com roupas mais leves, mas também me preocupo com a variação de temperatura. Calor extremo e de repente a temperatura diminui quando chove. É preciso verificar a temperatura constantemente. Ando com várias roupas de calor e de frio. Ela ainda mama no peito e a mãe sempre fica atenta para amamentar quando ela está com fome e também com sede, já que o leite materno também tem nutrientes que aliviam a sede”, comentou Araújo.

O doutor Daniel Albuquerque, superintendente de Provimento em Saúde e médico responsável pela atenção integral à saúde na Central Nacional Unimed reforça que o corpo do recém-nascido resfria e esquenta muito facilmente. Segundo ele, o cuidado deve ser aumentado por essa questão da regulação térmica.

“Mantê-lo muito bem hidratado. Redobrar a atenção nos dias quentes. Ao mesmo tempo que ganha calor, o corpo do bebê também pode esfriar muito rapidamente. Entre 6 meses e 1 ano, a regulação começa a ficar mais estável. Nos dias mais quentes, procure vestir o bebê com roupas mais leves e de algodão. Mantenha a cabeça descoberta”, orienta Albuquerque.

O doutor também lembra que o bebê precisa receber sol, mas nas primeiras e últimas horas do dia. “Em São Paulo, como a temperatura muda rapidamente, é preciso ter uma roupa de frio também por perto”, ressalta.

Disputados por adultos nos dias de calor, o ventilador e o ar-condicionado são perigosos para as crianças, pois o ar muito seco ou muito frio pode deixar a garganta dos pequenos vulnerável para infecções. “Nunca devem ser usados diretamente na criança. O ideal é resfriar o corpo da criança com líquido ou leques”, aconselha ele.

Rafaela Galvagni é mãe do Gustavo de 6 meses. Ela conta que tem dado mais de um banho por dia e lavado o rosto e pescoço do bebê com mais frequência. “Dou mais banho e ele tem ficado só de fralda mesmo. No mais, deixo longe do sol, também não deixo direto no sofá porque o tecido é quente. Tento colocar tecidos mais geladinhos em contato com o corpo dele”, explica Galvagni.

O pequeno Gabriel de 2 anos gosta muito de piscina e de gelatina. A mãe dele ressalta que desta forma ele fica mais aliviado. “Ele ama gelatina. Também monto a piscina para que ele possa se refrescar nos dias mais quentes, sempre levando em conta os melhores horários em relação à exposição ao sol”, diz Cristiana Helena.

Até os 6 meses, não é recomendado o uso de protetor solar, por isso, o ideal é procurar locais com sombra. Passada esta fase, o protetor é indicado. Mesmo assim, não é aconselhável que os pequenos fiquem expostos ao forte sol.

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