Um dia depois de ser alvo de depredação em meio a manifestação realizada nesta quinta-feira, 20, na capital federal, o Banco Central decidiu reforçar a segurança de sua sede, em Brasília. Como o prédio é todo envidraçado, uma equipe começou a instalar películas na área externa do edifício.
Nesta quinta-feira à noite, duas vidraças da fachada do BC foram atingidas pelos manifestantes. O custo do reparo, que está sendo feito nesta sexta, ainda não foi contabilizado. A assessoria de imprensa do Banco Central informou que estas obras já estavam planejadas pela instituição. A assessoria informou também que o custo da instalação será de R$ 8 mil e que a colocação da película se dará nas áreas possíveis do prédio até atingir o limite dessa verba. O montante é o limite de contratação possível sem a necessidade de abertura de licitações, segundo a Lei de Licitações 8.666.
Além disso, a segurança do BC usou tapumes improvisados feitos com divisórias de madeira para bloquear as duas portas giratórias, principal acesso de entrada e saída de funcionários e visitantes. Agora, apenas a entrada com porta pivotante ficará disponível para entrada e saída de pessoas. Conforme a assessoria, a medida é de precaução por conta das manifestações previstas para este sábado, 22.
De acordo com os trabalhadores que instalam o material, com essa proteção extra, o vidro do BC passará a suportar um impacto de até mil quilos caso seja atingido. Além disso, segundo esses trabalhadores, essa película evita que o vidro caia, caso seja alvo de tiros e acabe se estilhaçando.
O Broadcast, sérvio de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que outros ministérios, incluindo o de Relações Exteriores, também terão esse tipo de reforço em sua fachada. Nesta quinta, o prédio do Itamaraty foi o mais atingido durante as manifestações na capital do País. A procura pelo reforço está sendo grande, de acordo com um representante de empresa que presta esse tipo de serviço, mas a concorrência, segundo ele, também é forte.
Desde a última segunda-feira, 17, com a intensificação dos protestos, o BC também optou por reforçar sua guarda, que é terceirizada. Alguns seguranças passaram a usar armas de fogo calibre 12 nas instalações do prédio. Funcionários e demais usuários do prédio passaram a se deparar com essa novidade toda noite, no início desta semana. Desde quinta-feira, porém, a orientação foi para que as armas não fossem usadas de forma tão visível pelo público.
Museu fechado
Por medida de segurança, o Banco Central decidiu ainda que o Museu de Valores e a Galeria de Artes, ambos instalados na sede da instituição, ficarão fechados para o público neste final de semana.