Bauminas nega falta de sulfato de alumínio por queda de barragens

A fabricante de sulfato de alumínio Bauminas negou nesta quinta-feira, 19, a possibilidade de falta do produto no mercado brasileiro por conta da queda das barragens da mineradora Samarco em Mariana e a consequente poluição do Rio Doce, que corta Minas Gerais e o Espírito Santo, com rejeitos de minério de ferro.

O sulfato de alumínio é utilizado principalmente por empresas de saneamento no tratamento de água para consumo humano. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em Minas Gerais, e a Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), estão entre as principais clientes da empresa.

Nesta quarta, o Centro Operacional de Desenvolvimento e Saneamento (Codau) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, paralisou o tratamento de água por falta do sulfato de alumínio. A Bauminas, no entanto, afirmou que a substância não foi enviada à cidade por um erro no processamento do pedido da Codau. Disse ainda que nesta quinta, 19, uma carreta com o produto chegaria a Uberaba.

Outro carregamento foi desembarcado na quarta na cidade. Na cidade, o volume, junto, é suficiente para uso durante duas semanas. A reportagem não conseguiu completar ligações feitas para a Codau. A regularização do abastecimento teria ocorrido ainda nesta quarta.

A Bauminas é a maior fabricante de sulfato de alumínio do País. Atende a cerca de 100 milhões de pessoas em 3,5 mil municípios, segundo dados da empresa. Ainda conforme dados da companhia, o produto pode ser utilizado também fora das centrais de tratamento para consumo humano, por exemplo, como auxiliar na limpeza que cursos d’água atingidos por poluentes como rejeitos de minério de ferro, como é o caso do Rio Doce, que tem, ao longo de sua bacia, cerca de 200 municípios.

Ainda conforme a Bauminas, o fato de a cidade de São Paulo registrar hoje crise hídrica, o que significa menos consumo e, portanto, menos água submetida a tratamento, vai contribuir para que o sulfato de alumínio não falte no mercado. A produção anual de coagulantes da empresa, categoria na qual a substância está inserida, é de aproximadamente 500 mil toneladas por ano.

A empresa afirma estar acompanhando os desdobramento da tragédia em Mariana, e que, caso seja necessário, poderá responder com aumento de produção. Em São Paulo, a Bauminas, que foi fundada em Minas Gerais, tem fábricas em Rio Claro e Suzano. Em Minas Gerais as plantas estão em Nova Lima e Cataguases. A Sabesp e a Copasa ainda não retornaram contato feito pela reportagem.

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