São Pedro, SP (AE) – A vendedora Maria do Socorro Correia de Sales teve parte de sua casa, na cidade de São Pedro, região de Piracicaba, destruída por um incêndio que atribuiu a uma explosão do aparelho celular. Ela contou à polícia que colocou o celular para carregar e saiu para visitar parentes, no domingo de Páscoa. Quando voltou, algumas horas depois, encontrou a casa em chamas e o telefone destruído.
O fogo foi controlado com ajuda de vizinhos. A polícia apreendeu o que sobrou do aparelho e do carregador de bateria, encaminhados para perícia. A previsão é de que o resultado seja divulgado em 30 dias.
Segundo Maria do Socorro, o incêndio destruiu também móveis, roupas e eletrodomésticos. A marca do aparelho não foi confirmada pela polícia. A Motorola divulgou que foi acionada pela consumidora e "está avaliando as circunstâncias do ocorrido e suas respectivas causas".
O aumento no número de casos de explosões, causados por baterias de celulares, levou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a providenciar com mais rapidez a criação de um certificado de qualidade das baterias disponíveis no mercado. Apesar da agilidade, os usuários de telefones celulares ainda terão que esperar cerca de quatro meses para que o selo entre em vigor. Esse é o prazo estimado para que a agência defina uma regra com normas técnicas que os fabricantes das baterias comercializadas no país deverão seguir. Enquanto a norma não fica pronta, a agência recomenda que os usuários de celular utilizem baterias originais dos fabricantes dos seus telefones. Segundo a Anatel, os casos de acidentes que foram formalmente reconhecidos – cerca de 8 nos últimos dois anos – ocorreram com baterias "compatíveis", piratas ou contrabandeadas.
