Após declarar que não participaria de um segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse ontem no Rio que não descarta sua permanência, caso o presidente se reeleja.
Bastos repetiu que planejou não passar mais de quatro anos em Brasília, mas disse que ainda é cedo para dar como certa sua saída e que não sabe o que vai fazer no ano que vem.
?Para eu continuar ou sair, é preciso uma eleição, uma posse. E isso está um pouco longe. Eu ainda não sei o que vou fazer?, disse o ministro. Sobre se aceitaria um convite do presidente para permanecer, caso ele seja reeleito, esquivou-se: ?Eu não pensei nisso?.
O ministro encontrou-se com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim – apontado como o nome mais provável para substitui-lo num eventual segundo mandato de Lula -, na abertura de um seminário promovido pelo Ministério da Justiça e pela Fundação Getúlio Vargas em um hotel da zona sul do Rio. Bastos concordou que Jobim, que já ocupou a pasta da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso, seria um bom substituto.
?Jobim é um homem com assinalados serviços à cidadania brasileira e à República. Já foi ministro da Justiça, prestou um belo serviço, e acredito que seria absolutamente adequado para exercer essa função?, elogiou.
