Uma base fixa da Polícia Militar foi alvo de tiros na madrugada de hoje na estrada Canal de Cocaia, Parque Residencial Cocaia (zona sul de São Paulo).
Por volta 0h30, dois homens em uma moto dispararam quatro tiros contra a base da PM. Os dois policiais que estavam no local conseguiram se proteger e escaparam ilesos.
Os tiros atingiram as paredes da base e o carro de um militar que estava estacionado próximo.
Após o ataque, equipes da PM fizeram um cerco na região para tentar prender os suspeitos, que fugiram. A segurança na base foi reforçada.
Na noite de ontem, mais um ônibus foi incendiado por criminosos na Grande São Paulo. Este é o décimo coletivo queimado desde o dia 13.
Segundo a Polícia Militar, um grupo de 20 homens parou o veículo por volta das 22h e mandou todas as pessoas descerem. Em seguida, o ônibus foi incendiado.
A polícia investiga se os casos têm ligação com as mortes de PMs de folga ocorridas nos últimos dias. Ao todo, seis PMs foram mortos. Outras bases da polícia também já sofreram ataques em São Paulo e em Diadema (Grande SP) desde o dia 13.
Suspeitos
Dois investigados sob suspeita de pertencer ao grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital) e de participar dos recentes crimes contra policiais militares em São Paulo foram presos nos últimos dois dias.
A polícia, porém, não informou quais são as mortes de PMs nas quais os dois presos estão envolvidos. A reportagem não conseguiu localizar até o momento os advogados de defesa dos dois suspeitos.
Para tentar chegar aos responsáveis pelas mortes de seis PMs, assassinados fora de serviço desde o dia 13, a PM distribuiu aos cerca de cem mil policiais da tropa um cartaz com fotos de procurados.
A polícia apura se as mortes são retaliação da facção contra uma ação da Rota em maio, que matou seis na zona leste.
Existe, ainda, uma suspeita de que a transferência de Roberto Soriano, um dos chefes do PCC, para o presídio de Presidente Bernardes tenha relação com os ataques.