Brasília – A votação na Câmara dos Deputados das propostas de emenda à Constituição (PEC) que prorrogam a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a Desvinculação das Receitas da União (DRU) deve estar concluída entre a primeira e segunda semana de outubro, de acordo com o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). A base aliada prevê que a nova rodada será mais tranqüila, enquanto a oposição promete dificultar ao máximo a proposta.
Chinaglia disse nesta quinta-feira (27) que espera haver quórum para as cinco sessões que o regimento exige para que ocorra a votação do segundo turno. ?É possível até votar na próxima quinta-feira, se não me engano, a noite. Como é uma votação que exige quorum alto, o mais provável é ficar para terça-feira da semana seguinte?, afirmou. Ele disse ainda que espera uma forte obstrução por parte da oposição durante as votações.
O líder do DEM, Ônix Lorenzoni (PR), disse nesta quinta que o partido tentará prolongar a votação da CPMF até a segunda semana de outubro. "Nosso empenho será no sentido de fazer uma obstrução muito forte no sentido de reter o segundo turno da CPMF ainda aqui na Câmara", disse.
Já o deputado Maurício Rands (PT-PE) disse que a votação do segundo turno será mais tranqüila. "A votação, prevista para o dia 9 de outubro, deverá ser menos dificultosa do que foi essa do primeiro turno. Havia uma grande quantidade de destaques para votação em separado e também um grande número de emendas", afirmou.
Rands observou ainda que durante as votações o placar se manteve o mesmo. "Variava entre 339 e 340 votos, ou seja, mostrou uma solidez de toda a base", comentou. Ele disse que espera que esse resultado se mantenha na próxima votação.
Na madrugada desta quinta-feira, a Câmara dos Deputados votou em primeiro turno as emendas e destaques da PEC que prorroga a CPMF e a DRU. Para ser aprovada, a PEC precisa passar por uma outra votação. Se aprovada ele segue para o Senado, onde também precisará de duas votações para ser aprovada.