Bares de São Paulo adotam campanha sobre lei antifumo

A Associação de Gastronomia, Entretenimento, Arte e Cultura da Vila Madalena (Ageac), na zona oeste da capital paulista, vai colocar a “mão no bolso” para não perder aqueles clientes que não ficam sem cigarro. A estratégia da entidade, que reúne cerca de 80 estabelecimentos localizados na região mais badalada da cidade, é investir R$ 30 mil para uma campanha de conscientização sobre a lei antifumo. A ideia é que os frequentadores sejam informados que fumar dá multa ao empreendimento, sem que eles “desapareçam” dali.

Chamada de “Vila Legal”, a campanha já foi elaborada e um dos primeiros passos será personalizar os garçons com figurino “contra tabaco”. Os profissionais vão usar bottons com a mensagem “obrigado por não fumar”, serão orientados sobre como abordar os clientes e também vão receber treinamento de uma ONG especializada em “brigar com o cigarro”, a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT). “Fizemos várias reuniões e decidimos que vamos apoiar a lei, até em respeito à saúde dos funcionários”, afirma Mário Natividade, diretor da Ageac.

“Mas como há um temor em perder a clientela e nós só podemos contar com as nossas próprias pernas e não as do governo, decidimos que é preciso investir em educação. Panfletos e camisetas também serão distribuídos.” A corrida para convencer a população precisa surtir efeito até 6 de agosto, quando os fiscais passam a multar o estabelecimento que não apagar o cigarro. O valor da pena ficará entre R$ 720 e R$ 3 mil, custo que dobra na reincidência e será arcado pelo dono do local. No terceiro flagrante, as atividades serão suspensas por 48 horas e na quarta vez em que for flagrado, a suspensão ficará em 30 dias – prazo que poderá ser prorrogado.

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