Um barco com 600 botijões de gás que estava ancorado em um porto particular na orla da Baía do Guajará, em Belém, explodiu na madrugada desta quinta-feira (19), provocando a morte de três pessoas e ferimentos em outras quatro. A polícia e a Capitania dos Portos do Pará abriram inquérito para apurar a responsabilidade do proprietário da embarcação Anjo da Guarda pelo acidente. Um dos botijões apresentava vazamento em uma das válvulas e explodiu no momento em que o motor do barco foi ligado.
O tenente Marco Antonio Araújo Costa, da capitania, informou que o barco não tinha autorização para transportar carga perigosa, embora esteja habilitado no órgão para o transporte de outros tipos de carga. O inquérito administrativo tem prazo de 90 dias para ser concluído. A maior penalidade que o dono do barco pode sofrer é o pagamento de multa, no valor máximo de R$ 3 mil.
Costa disse que embora a capitania realize fiscalização na orla de Belém, até mesmo por terra, “não tem capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo” para flagrar eventuais crimes. “Fazemos um trabalho de conscientização com tripulantes, proprietários e passageiros”, resumiu. Uma carga como a do Anjo da Guarda, completa o major Carlos Reis, teria de ser armazenada em local aberto e ventilado. “Uma balsa é o veículo mais adequado”, explicou Reis.