São Paulo – A Polícia Federal cumpriu ontem, em São José do Rio Preto (SP), quatro mandados de busca e apreensão, em residências e escritórios ligados ao empresário do ramo de pedras preciosas José Paschoal Constantini. Foram apreendidos diversos documentos e papéis relativos a transações bancárias, fitas K-7, barras de ouro, além de documentação de negociações mobiliárias. Os mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz da 6.ª Vara Federal Criminal de São Paulo, são resultado de inquérito policial aberto em 1998, que por sua vez é subproduto da investigação do Caso Banestado. Em uma das contas CC5 investigadas no caso Banestado havia depósitos de diversas pessoas pelo País. Um dos depósitos, no valor de 115 mil reais, estava no nome de Ezequiel Pallatin. A partir de então, o empregado, ex-funcionário do empresário Constantini, passou a ser investigado pela Polícia Federal pelo crime de sonegação fiscal e evasão de divisas. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Constantini, na casa de seu contador, na residência de Ezequiel Pallatin, ex-empregado de Constantini e suposto laranja do empresário Pallatin, que recebe R$ 450 e não sabe explicar a origem de R$ 8 milhões depositados em seu nome em um banco local. O dinheiro foi pulverizado em depósitos de R$ 100 a 200 mil em muitas contas CC5 de diversas instituições bancárias, geralmente paraguaias.
