Rio
– Um dia após traficantes terem metralhado um ônibus da PM, matando três sargentos, a polícia sofreu, ontem, novos ataques. À noite, um policial federal, identificado como Carlos Henrique Farias morreu após ser baleado na Avenida Brasil, na altura de Ramos, zona norte. Os assassinos roubaram seu carro, um Astra, e teriam executado Farias ao descobrir que ele era policial. Em Santa Cruz, zona oeste, dois policiais militares não identificados foram baleados. Na madrugada, o Gol em que estava o delegado Paulo Passos, chefe de gabinete da Polícia Civil, fora roubado por quatro homens armados com fuzis. O carro foi incendiado pelos bandidos.O delegado Paulo Passos foi abordado por volta de 2h45, perto da Rodoviária Novo Rio, na zona portuária, quando voltava para casa, acompanhado por um inspetor identificado como Júlio. O carro não tinha sinais externos que o identificassem como pertencente à Secretaria da Segurança Pública. Os policiais nada sofreram. Eles não reagiram e tiveram suas pistolas roubadas.
O subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres, acredita que o crime tenha sido tentativa de assalto e que os bandidos só tenham decidido queimar o veículo, dotado de rádio, mais tarde, ao perceberam que era da polícia. Duas horas depois do ataque, o Gol foi encontrado carbonizado.
Na noite de domingo, ônibus da Polícia Militar com 30 policiais foi metralhado por homens armados, que estavam em dois carros. Três PMs morreram e outros dez ficaram feridos.