Rio de Janeiro (AE) – Uma baleia jubarte de 16 toneladas foi encontrada morta ontem, pela manhã, na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo os bombeiros, o animal teria morrido há dois ou três dias e, levado pela correnteza, acabou encalhando perto da arrebentação, atraindo uma multidão de curiosos.

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Ainda não se sabe a causa da morte da baleia, que foi retirada por um rebocador da Petrobras e levado para o Cais do Porto. De lá, o mamífero seria levado para o aterro sanitário de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com o veterinário Paulo Dorneles, do projeto Mamíferos Aquáticos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o animal era macho e media cerca de 10 metros. ?Ela está em estado avançado de decomposição. Sua pele está se soltando e ainda não sabemos se foi ferida.? Antes de ser enterrado será necropsiado no aterro.

Mau cheiro

Apesar do mau cheiro, muita gente quis ver o mamífero de perto. A autônoma Verônica Quirino Reis, de 33 anos, furou o bloqueio policial e tirou uma foto perto do cetáceo. Foi detida por desacato à autoridade. Ela discutiu com o comandante dos Bombeiros, coronel Marcos Silva, por se aproximar demais. ?Ela desobedeceu nossa ordem. Não sabemos como a baleia morreu e se a água está contaminada naquele ponto??, contou Silva. Verônica foi ouvida na 16.ª DP (Barra da Tijuca) e liberada em seguida.

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A baleia foi vista pela primeira vez próximo à Ilha Cagarras, na terça-feira. Ela encalhou na Praia da Barra da Tijuca, na altura do Posto 8, por volta das 11h, mesmo com o esforço de bombeiros da Defesa Civil e do Grupamento Marítimo. Eles tentaram amarrar a baleia nos botes para evitar que ela chegasse na arrebentação, mas a operação foi fracassada devido ao peso do animal.

Nesta época, é comum que animais passem pela orla à procura de águas mais quentes para se reproduzir.

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