Rio – Pelo segundo dia consecutivo, biólogos e bombeiros tentaram sem sucesso desencalhar a baleia jubarte que está na praia do Forte do Imbuí, em Niterói, desde a manhã de domingo. Iaiá, como está sendo chamada por moradores da região, tem dez metros de comprimento e pesa dez toneladas. Na operação de salvamento, que seria suspensa no início da noite de ontem, foram usados rebocador da Petrobras, cordas e redes. O trabalho recomeça hoje.
Em 13 anos, é a segunda vez que uma baleia jubarte encalha no litoral do estado. Em 1991, outra jubarte, batizada de Rosalina, ficou três dias encalhada em uma praia de Saquarema, na Região dos Lagos. A bióloga Bernadete Fragoso, coordenadora do projeto Macqua, disse que Rosalina foi o primeiro caso de baleia encalhada resgatada com sucesso.
A tentativa de desencalhe começou às 7 horas da manhã de ontem. Sessenta pessoas trabalharam na operação – tentar puxar a baleia para alto-mar com a ajuda do rebocador. Depois de quatro tentativas, mais duas redes da Marinha foram enviadas para a praia no fim da tarde. Os biólogos explicaram que a baleia está dentro de um buraco, presa em um banco de areia. Sempre que os bombeiros tentam envolvê-la com as redes e as cordas, a jubarte se debate, provocando ferimentos no dorso e nadadeiras.
“Não sabemos se a baleia vai resistir porque seus pulmões estão comprimidos pelo peso”, disse Bernadete.