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Baixo Augusta atrai milhares com música eclética e tom político

Um dos maiores blocos do carnaval de rua de São Paulo, o Acadêmicos do Baixo Augusta arrastou milhares de pessoas atrás dos seus trios elétricos na tarde deste domingo, 24, na Rua da Consolação, região central da capital paulista. A banda eclética e com diversos convidados, como Maria Rita e Mariana Aydar, tocou de samba a pop, passando por reggae e forró.

O bloco celebrou dez anos desde o primeiro desfile e não deixou de lado seu tradicional tom político – o tema desse ano lembrava a canção “Que País É Esse”, abrindo espaço para o momento político e social do Brasil. Foliões entoaram cantos anti-Bolsonaro e, nas fantasias, o que mais se via eram laranjas.

Ao contrário do que viram os foliões dos blocos que desfilaram no início da tarde, no Baixo Augusta a festa enfrentou um teste de resistência: a chuva. E passou. Às 18 horas, uma tempestade típica de verão caiu com força na região central. Durou 20 minutos, mas foi o suficiente para a banda puxar “Chove, chuva”, canção que recebeu o acompanhamento entusiasmado dos foliões.

A recepcionista Heloísa Pereira, de 58 anos, foi pela segunda vez à Consolação no pré-carnaval. Foi exatamente a energia da festa que a trouxe de volta em 2019. “É muito animado”, disse. Ela comemorou o que chamou de um carnaval mais respeitoso.

Para o folião Júnior Faria, de 35 anos, que está no seu oitavo Baixo Augusta, o que encanta é a pluralidade do público e da música. “Penso que há dez anos o carnaval era mais conservador. Hoje é mais diversificado e isso é muito bom”, disse.

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