Após 34 anos transportando as autoridades máximas do Brasil, o avião presidencial batizado como “sucatinha” se aposentou nesta segunda-feira (7). Os périplos do Boeing 737-200 ao longos destes anos somaram mais de 27 mil horas de vôo, além de mais de 27,5 mil pousos pelo mundo inteiro. O último voo da aeronave aconteceu na manhã desta segunda, decolando de Brasília rumo ao Rio de Janeiro, onde ficará exposto no Museu Aeroespacial da Força Aérea Brasileira.

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Na antiga aeronave utilizada pela Presidência, foram transportados os ex-presidentes Ernesto Geisel, João Figueiredo, José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

“Só foram momentos em que nós engrandecemos, criamos  uma doutrina forte e resistente. A gente cresceu muito operacionalmente e profissionalmente”, afirmou o piloto do avião, José Antônio Botturi Júnior.

O sargento reserva Sabino Galdino Neto esteve nas viagens do “sucatinha” por 17 anos como comissário. Ele conta que serviu presidentes, autoridades e até o Papa em viagens para 52 países.

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“Eu conheci este avião com 18 anos e hoje eu ter essa marca de mais de cinco mil horas de voo, isso pra mim é muito gratificante”, diz Neto. O sargento ainda explica como conseguiu salvar os compromissos do então presidente Fernando Henrique Cardoso em uma viagem à Londrina.

“Houve uma pequena turbulência e caiu copo de refrigerante na calça dele. O líquido marcou a calça dele e eu troquei de calça com ele”, afirmou Neto.

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O piloto Ênio Beal Júnior disse que é uma grande felicidade poder viver o momento da aposentadoria da antiga aeronave presidencial.

“Podemos dar o merecido descanso pra esse guerreiro que tão bem serviu a nossa nação. Particularmente uma grande felicidade de poder estar vivendo mais uma vez a história neste que foi o avião que mais vezes conduziu aqueles que conduzem os destinos do nosso país”, explicou.