O avião presidencial 737-200, conhecido como Sucatinha, esteve a 24 segundos de uma colisão com um Fokker 100 da TAM. O jato do governo levava o então presidente Fernando Henrique Cardoso de Brasília para Tucuruí, no Pará. No vôo comercial, os cinco tripulantes começavam os procedimentos de pouso de uma viagem que conduzia 108 passageiros de São Luís (MA) à capital federal.
O incidente foi revelado neste domingo em matéria feita pela sucursal de Brasília do Jornal Zero Hora, que teve acesso aos mapas com fotografias do radar do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 1 (Cindacta 1). Os documentos não mostram a data. O ex-presidente esteve em Tucuruí no dia 28 de junho de 2002.
O matéria do jornal gaúcho informa que o momento mais crítico ocorreu às 9h39min59s. As aeronaves estavam sem comunicação por rádio com o Cindacta 1, trafegavam em sentidos opostos na mesma altitude de 21 mil pés, a mais de 700 quilômetros por hora, e chegaram a ficar a uma distância de apenas 9,8 quilômetros. Nessa situação, o choque ocorreria em 24 segundos.
A tragédia foi evitada pelo sistema anticolisão das aeronaves, que orientou os pilotos a fazer manobras evasivas. Quando cruzaram um pelo outro, 20 segundos depois, os aviões estavam em altitudes diferentes. O Boeing navegava a 20,4 mil pés e o Fokker a 21,7 mil pés. Controladores ouvidos pelo jornal gaúcho indicaram que os passageiros do Boeing talvez nem tenham percebido nada, enquanto os do Fokker podem ter passado por um susto.
