A cada cem passos, um problema: lixeiras quebradas, canteiros com lixo ou mato, calçadas quebradas e com rachaduras, fios expostos, pichações. Uma volta a pé pelos 2,67 quilômetros da avenida mais famosa de São Paulo, a Paulista, revela problemas que as reformas recentes tentaram, mas não conseguiram resolver. A Prefeitura implementou ali, em agosto, a primeira gerência de avenida de toda a capital. No entanto, as novas calçadas, lixeiras e jardins, instaladas a um custo de R$ 8,1 milhões, não duraram nem dois anos e já foram depredadas.
Para recuperar a Paulista, o novo gerente da avenida, Heitor Sertão, que assumiu na semana passada, planeja adotar um modelo de “qualidade total”, com o envolvimento direto de quem trabalha e tem imóvel no local nos cuidados com a manutenção. Trata-se de um plano inédito na capital, que vem sendo formatado pela Secretaria de Coordenação das Subprefeituras e pela gerência da avenida e deverá ser adotado ainda neste ano. Para implementar as medidas, só a gerência conta com um Orçamento anual de R$ 5 milhões.
A ideia, segundo o gerente Sertão e o secretário Andrea Matarazzo, é atrair empresas, bancos, condomínios e estacionamentos para que cuidem da calçada do imóvel, participando da manutenção, fiscalizando eventuais buracos irregulares nas calçadas e avisando o governo municipal de qualquer ação que prejudique o visual da avenida. “Será como quem cuida da sala da sua casa”, diz o secretário Matarazzo.