Lei Seca

Autuações por beber e dirigir caem 52,6% no final do ano

O maior conhecimento da população sobre o endurecimento da Lei Seca fez com que o número de autuações por beber e dirigir tenha caído de 2.101, no final do ano retrasado, para 996, neste último período de feriados de Natal e de réveillon, uma queda de 52,6%. De acordo com balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, das quase mil infrações registradas entre 20 de dezembro de 2013 e 1º de janeiro, 461 pessoas foram presas por apresentar índice de álcool no sangue acima de 6 decigramas por litro ou por recusa em fazer o teste do bafômetro.

Para o coordenador-geral de operações substituto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Stenio Pires, a população está mais consciente hoje com o endurecimento das regras da lei, sancionado no final de 2012. “A população está se comportando melhor nessa questão”, avaliou. Outro fator que contribuiu foi o aumento da fiscalização, segundo Pires, embora o número ainda esteja “longe do ideal”. “Infelizmente, é ainda da cultura do brasileiro beber e dirigir”.

Esta foi a segunda operação de fim de ano da PRF após as mudanças que tornaram mais rígidas as normas da chamada Lei Seca. Além de aumentar as multas, as alterações permitem que outras provas além do bafômetro, como vídeos, possam ser usadas para atestar a embriaguez.

Sem habilitação

Dirigir sob efeito de álcool foi a sétima infração com o maior número de ocorrências nas rodovias federais no período de 20 de dezembro a 1º de janeiro, representando pouco menos de 3% do total. O maior número de autuações, cerca de 7 mil, foi por ultrapassagem proibida. A lista é seguida por condução de veículo não licenciado (2.493 casos) e ausência de carteira nacional de habilitação (CNH) pelo motorista (1.921 ocorrências). Não foram consideradas infrações por excesso de velocidade, medidas por radar e que ainda estão sendo contabilizadas.

O alto número de pessoas flagradas sem a carteira de habilitação surpreendeu a PRF. “São muitos condutores não habilitados nas rodovias, e isso nos preocupou bastante”, disse Stenio Pires. “São pessoas que não estão em condição de conduzir e que transitam por rodovias, o que é muito mais arriscado e trazem mais risco aos usuários”, concluiu.

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