Reunidos em assembléia nacional, os auditores fiscais da Receita Federal, que completaram 20 dias em greve, reafirmaram nesta segunda-feira a continuidade da paralisação por tempo indeterminado. O secretário geral do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), Rogério Calil, explicou que, embora com caráter nacional, as reuniões foram descentralizadas e realizadas sob o comando de cada uma das 74 delegacias sindicais do Unafisco espalhadas nos estados. Segundo ele, não foi colocada em votação qualquer indicação de acordo para fim do movimento porque "não há uma proposta do governo".
Na quinta-feira da semana passada (3), o comando de greve se reuniu com técnicos do Ministério do Planejamento e, mais uma vez, o Executivo insistiu em conceder um reajuste médio de 40% para a categoria, mas parcelado em três vezes: sempre nos meses de julho de 2008, 2009 e 2010.
Calil afirmou que a categoria espera uma proposta melhor, porque essa é "pior" que a primeira, que previa parcelamento em duas vezes de um porcentual médio de 42,5%. O parcelamento maior do reajuste foi sugerido pelo Planejamento como uma necessidade de adequar as despesas públicas ao Orçamento da União por causa da extinção da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no início deste ano. O sindicalista ressaltou que a categoria também reivindica "maior valorização" da carreira pelo governo.
A assembléia nacional serviu para que os auditores discutissem detalhes de dois eventos que realizarão em Brasília nesta semana. Na quarta-feira (9), o Unafisco pretende reunir em frente ao Ministério da Fazenda cerca de 600 auditores em uma manifestação.
