Cerca de 50 auditores fiscais do Trabalho em greve atenderam e orientaram nesta quarta-feira (23) mais de 140 pessoas na calçada em frente Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em Belo Horizonte, no que chamaram de Plantão Fiscal da Greve.
Em mesas e cadeiras colocadas na calçada, os auditores se revezaram em grupos de quatro, organizando a fila, distribuindo boletins da mobilização e conscientizando os trabalhadores sobre as reivindicações da categoria.
Segundo o presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho de Minas Gerais, José Augusto de Paula Freitas, o objetivo do Plantão Fiscal foi o de "chamar a atenção da mídia, da população, das autoridades e resgatar uma falha no movimento o atendimento ao trabalhador, principalmente o de mais baixa renda".
As principais demandas verificadas pelos auditores foram a conferência dos cálculos trabalhistas, o esclarecimento de dúvidas sobre dispensa sem justa causa, informações sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, contratos de trabalho e atestados médicos, acrescentou.
Freitas informou ainda que desde setembro de 2007 o governo negocia com a categoria e não vem honrando os compromissos com os servidores. "Nós não temos o costume de fazer greve, principalmente porque a nossa greve prejudica o trabalhador. Mas foi o descaso do governo que nos levou a entrar em greve, despois de esgotadas todas as possibilidades de negociação", disse.
Nesta quinta-feira (24) os auditores fiscais do Trabalho pretendem manter o Plantão Fiscal e, em seguida, realizar assembléia para planejar os próximos dias de mobilização.