Ato pede a abertura dos arquivos da ditadura e o respeito à memória das vítimas

Integrantes de seismovimentos popularesrealizaram um ato neste domingo (24) na capital paulista para homenagear mortos e desaparecidos políticos que passaram pelo antigo prédio da sede operacional do Departamento de Operações Internas-Centro Operacional de Defesa Interna (DOI-CODI), que funcionou na rua Tutóia, no bairro do Paraíso, na capital paulista, no período de1968 a 1977 e para pedir a punição de todos os que praticaram os atos de tortura, além daabertura dos arquivos para queas famíliasdas vítimas descubram quem foram os responsáveis pelos atos contra seus parentes.

Segundo o responsável por um dos grupos organizadores do ato, Paulo Fávero Gomes e Silva, os grupos querem ainda mostrar que o espaço onde funcionou o DOI-CODI ainda existe e continua presente. Naquele local funciona hoje o 36º Distrito Policial de São Paulo, “em vez de deixar de ser da polícia e se tornar um museu da resistência e da memória para mostrar que foi aqui o espaço onde a tortura matou oficialmente 64 pessoas e mais de 500 torturados registrados”.

Fávero explicou ainda que o movimento foi idealizado por grupos integrados principalmente por jovens para que a nova geração conheça e fique atenta s questões históricas do país e que, na avaliação dele, estão sendo apagadas, “como se não conversando fosse resolver e sabendo que esse passado de tortura nunca deixou de cessar mesmo com o final da ditadura militar”.

Os grupos entregarão um manifesto ás autoridades pedindo a abertura integral a de todos os arquivos da ditadura; a recuperação de lugares que foram centros de torturas; políticas públicas para a recuperação da memória individual e coletiva edireito justiça; “Queremos ainda articular vários grupos que têm divergências do passado e pequenas divergências atuais para que consigamos fazer outras ações em busca desses objetivos”, disse Fávero.

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