Manifestantes de organizações ligadas ao Bloco de Luta pelo Transporte Público deixaram a Câmara de Porto Alegre nesta quinta-feira, depois de oito dias de uma polêmica ocupação, cumprindo acordo firmado nesta quarta-feira, 17, com o presidente da Casa, Thiago Duarte (PDT), o Ministério Público (MP) e o Judiciário.

continua após a publicidade

Além da mobilização para pedir o encaminhamento de projetos que criam passe livre para estudantes e desempregados e abertura da planilha de custos das empresas de transporte coletivo, os manifestantes chamaram a atenção nas redes sociais por algumas atitudes ousadas que tomaram durante a ocupação.

A de maior repercussão foi a postagem de fotos de um grupo de ativistas nus, apenas com o rosto coberto por panos, dançando e posando diante da galeria de ex-presidentes da Casa. Nesta imagem, os quadros de alguns vereadores foram postos de cabeça para baixo e um jovem segura um retrato da ex-vereadora e atual deputada Manuela D’Ávila (PC do B).

continua após a publicidade

Outro detalhe da ocupação fotografado e exibido em redes sociais mostra um papel colado ao lado de um crucifixo com os dizeres “Estado laico” e “Jesus é gay”. Duarte considerou as cenas de nudismo fotografadas dentro da sede do Legislativo como “um desrespeito à instituição que é a Casa do povo”. Também encarregou a assessoria jurídica de verificar quais as medidas a serem tomadas no caso.

Durante o período em que permaneceu acampado no plenário do Parlamento, o grupo chegou a ter 400 manifestantes e impediu a presença da “imprensa tradicional” nas dependências da Casa. A saída foi pacífica. Uma comissão de manifestantes acompanhou a vistoria feita por oficiais de Justiça para comprovar que as instalações não haviam sido depredadas e estavam limpas. As vereadoras Sofia Cavedon (PT) e Fernanda Melchionna (PSOL) protocolaram os projetos pedidos pelos manifestantes.

continua após a publicidade