O ex-estudante de medicina Mateus da Costa Meira, de 36 anos, que ficou conhecido por matar três pessoas e ferir outras quatro a tiros em uma sala de cinema do Shopping Morumbi, em São Paulo, em 1999, foi inocentado na manhã de hoje de outra acusação por tentativa de homicídio.

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Condenado, em 2004, a 120 anos de prisão pelos crimes no shopping – pena reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses de reclusão -, Meira foi transferido do Presídio de Tremembé, em São Paulo, para a Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, em fevereiro de 2009, para cumprir o restante da pena na capital baiana, onde nasceu.

Em maio daquele ano, porém, Meira atacou, com golpes de tesoura, um colega de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes, então com 68 anos, condenado por tráfico de drogas. A vítima não teve ferimentos graves, mas o agressor foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio.

Na manhã de hoje, Meira foi absolvido da acusação por júri popular, em sessão realizada na 1ª Vara do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Os jurados acolheram a tese da defesa, apoiada também pela promotora do caso, Armênia Cristina Santos, de que Meira é inimputável, por sofrer de distúrbios psiquiátricos atestados por laudos médicos. Desde que agrediu o colega de cela, ele está internado no Hospital de Custódia e Tratamento de Salvador (HCT), do Poder Judiciário.

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Com a decisão da Justiça, Meira continua internado, por tempo indeterminado, no HCT. Seu advogado, Vivaldo Amaral, porém, avalia a possibilidade de pedir a reabertura do processo do crime no shopping, com base na decisão de hoje. Se houvesse novo julgamento e Meira fosse mais uma vez considerado inimputável, ele dependeria apenas de atestados médicos relatando sua melhora clínica para deixar o sistema prisional.