Até o MST quer distância do PT

Sorocaba – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) prepara-se para abandonar o papel de simples observador da crise política que envolve o PT e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Líderes do movimento anunciaram uma série de mobilizações durante agosto e o início de setembro que culminarão com o Grito dos Excluídos, no dia 7. Os dirigentes nacionais concluíram que a crise não é apenas de governo, mas de modelo, e optaram por dar ?adeus ao governo do PT e seus compromissos históricos?, segundo nota distribuída pela secretaria nacional do MST.

O texto representa o pensamento do colegiado, integrado pelos principais líderes nacionais, como João Pedro Stédile, Gilmar Mauro e Jaime Amorim, entre outros. A proposta é a mobilização das massas, que o grupo considera como a única forma de alterar a correlação de forças atual, favorável às elites. ?Conclamamos toda a militância, a base dos movimentos da Via Campesina e os movimentos sociais urbanos a somarem esforços se organizarem-se?, diz o comunicado.

O plano, segundo os líderes, é fazer uma manifestação ?grandiosa? durante as comemorações da Independência, no maior número de cidades brasileiras. A jornada incluirá atos públicos, marchas, protestos e a eventual ocupação de prédios e fazendas. As invasões de terras foram retomadas, nos últimos dias, no Rio Grande do Sul, Pernambuco e São Paulo. ?Ao longo de setembro e outubro, realizaremos assembléias estaduais populares para discutir um novo modelo econômico?, informa o texto. A mobilização continuará até a assembléia nacional popular, no fim de outubro, em Brasília, que o movimento chama de ?mutirão por um novo Brasil?.

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