Até aliados já descartam arquivamento do caso Renan

Até os aliados recuaram no apoio incondicional ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e não aceitam absolvê-lo ‘às cegas’ na sessão marcada para hoje à tarde no Conselho de Ética. Renan responde a processo por quebra de decoro, acusado de ter contas pessoais pagas por um lobista da empreiteira Mendes Júnior. Para complicar a sua situação, elevou o coro para que ele renuncie à presidência do Congresso.

Desde que surgiram as denúncias, ontem, pela primeira vez, o senador perdeu a certeza de que terá a maioria de votos no Conselho para arquivar o processo. Mudaram até os votos de petistas, como Augusto Botelho (PT-RR) e Eduardo Suplicy (PT-SP) – este último mandou Renan comparecer ao conselho para se justificar. Sem explicações cabais, Suplicy e Botelho ameaçam votar contra Renan.

Outro sinal de que a situação política havia se complicado veio com o fato de que o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), não conseguiu arrumar, nem mesmo entre a tropa de choque aliada, um senador para a função de relator, já que Epitácio Cafeteira (PTB-MA) pediu licença, por motivos de saúde. O nome mais provável era o de Wellington Salgado (PMDB-MG).

O PSDB e o DEM passaram a condicionar a absolvição à certeza de que não há irregularidades nas contas do senador. Os partidos marcaram reuniões para hoje de manhã para avaliar a situação do presidente do Senado.

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