Um asteroide vai passar “tirando tinta” da Terra, no próximo dia 21 de março. A informação foi noticiada pela Nasa, que classificou a situação como potencialmente perigosa. Apesar do risco de colisão, a chance de isso ocorrer é inexistente por causa da distância que a rocha espacial vai estar do nosso planeta. O asteroide é bem largo e tem um quilômetro de diâmetro foi batizado de 231937 (2001 FO32). Segundo Anísio Lasievicz, diretor do Parque da Ciência, não há com o que se preocupar.
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O movimento de asteroides no sistema solar é algo bem comum. Muitos desses corpos celestes passam entre a Terra e a Lua com certa frequência e quando pedaços de rochas tocam o solo, eles passam a ser chamados de meteoritos.
No caso do 231937 (2001 FO32), ele vai passar a uma distância de 2,8 milhões de km da Terra. Segundo Anísio Lasievicz, diretor do Parque da Ciência, o número é considerado próximo no mundo astronômico. “Existe programas de fazem o monitoramento que pode causar danos e a Nasa classifica como objetos próximos da Terra, os NEOs. Todos estes asteroides que chegam a 7,5 milhões de km ou menos são classificados de potencialmente perigosos, mas sem perigo pra gente. Este corpo vai passar longe (2,8 milhões de km), mas no ponto de vista astronômico é muito pouco. Vale reforçar que não tem chance de cair por aqui”, disse Anísio.
O asteroide do dia 21 de março não poderá ser visto a olho nu. Segundo o diretor do Parque da Ciência será observado apenas por telescópios especiais. “Este objeto poderá talvez ser visto por alguém que tem telescópios de 8 a 10 polegadas que são mais caros e usados por profissionais. Sem chance para visualizar a olho nu”, comentou Lasievicz.
Impacto de uma bomba atômica
Segundo o Nasa, nenhum asteroide tem a potência ou proximidade necessárias para colidir com a Terra pelos próximos 100 anos. O maior risco estaria no asteroide batizado como (410777) 2009 FD, que tem uma chance de 0,2% de atingir o planeta em 2185. Antes disso, o asteroide 99942 Apophis, que ocupa o terceiro lugar na lista da Nasa de “objetos próximos da Terra” (NEOs) potencialmente perigosos, tem uma chance de 1 em 150 mil de colidir com nosso planeta, em 2068. Ele tem uma largura equivalente a três campos de futebol. As chances são mínimas, mas, se um dia ele vir a cair na Terra, o impacto será 3.800 vezes mais poderoso do que a bomba de Hiroshima, lançada pelos Estados Unidos no Japão, em 1945.