Uma associação internacional de pilotos pediu às autoridades do setor de aviação em todo o mundo providenciem áreas de escape mais extensas no fim das pistas de pouso para tentar impedir que problemas na aterrissagem ou na decolagem terminem em tragédias como a de ontem em São Paulo.

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Nos casos em que a extensão da pista seja inviável, a entidade defende a implementação de bolsões de concreto poroso para frear as aeronaves. A declaração da Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linhas Aéreas (Ifalpa, por suas iniciais em inglês) é uma resposta ao acidente ocorrido ontem no aeroporto de Congonhas.

O piloto do avião da TAM por pouco não caiu sobre uma movimentada avenida de São Paulo em horário de grande movimento antes de atingir um galpão de carga de própria companhia aérea e explodir. Pelo menos 186 mortes foram confirmadas até o momento.

"O trágico acidente no aeroporto de Congonhas demonstra mais uma vez a necessidade de implementação de Áreas de Segurança no Fim da Pista (Resa, pelas iniciais em inglês)", diz a mensagem divulgada em Bruxelas pela Ifalpa.

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A associação representa 105.000 pilotos comerciais de todo o mundo e pressiona há anos para que todos os aeroportos em operação sejam dotados com uma área de escape de pelo menos 300 metros de extensão para tornar mais seguros os pousos e decolagens.

Na maioria dos casos, tais incidentes terminam sem vítimas nem danos, mas nos últimos anos houve uma elevação acentuada no número de acidentes graves desse gênero.

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Também na terça-feira, um Embraer 190 da Aero República derrapou em uma pista molhada ao pousar em Santa Maria, na Colômbia. Sete pessoas sofreram escoriações superficiais. O avião foi parar no Mar do Caribe.

"Trata-se de um problema mundial. Milhares de pistas usadas comercialmente não cumprem as recomendações da Organização Internacional de Aviação Civil", diz a declaração.

A Ifalpa admite que aeroportos mais antigos situam-se hoje em áreas sem espaço para a extensão das pistas ou para a construção de uma área de escape maior. Nesses casos, a entidade recomenda a construção de bolsões de concreto poroso capazes de reduzir drasticamente a velocidade dos aviões.