A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast), no Rio de Janeiro, afirmou que o acidente com o bonde do bairro “não é uma fatalidade, mas uma tragédia anunciada”. Em uma carta aberta divulgada hoje em seu site, a Amast aponta que o acidente de ontem, que resultou na morte de cinco pessoas e deixou outras 57 feridas, ocorreu devido à negligência na manutenção dos veículos.

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O governo do Rio anunciou que o serviço de bondes em Santa Teresa está suspenso até que sejam conhecidas as causas do acidente. O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, admitiu ontem que o bondinho não havia passado por reforma. Além disso, o veículo estava superlotado: sua capacidade é de 38 passageiros sentados, e, segundo a secretaria, é ‘desaconselhável’ que usuários fiquem de pé.

A associação de moradores afirma, na carta, que já havia avisado as autoridades sobre problemas como a superlotação dos veículos e a falta de manutenção, mas que “nada de concreto foi feito para reverter a situação”.

Em tom de indignação, a carta ainda lista como culpados pelo acidente o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário Júlio Lopes. A associação também responsabiliza o Ministério Público do Rio de Janeiro, “pela omissão em requerer à justiça a execução provisória das decisões que ordenaram a recuperação integral do sistema de bondes de Santa Teresa”.

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