Dentro de um mês, alunos de escolas públicas e particulares de São Paulo podem ficar proibidos de usar o celular em sala de aula, caso o Projeto de Lei 132/07, que proíbe o uso dos aparelhos em classe, seja sancionado pelo governador José Serra. A proposta, de autoria do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), foi aprovada na terça-feira na Assembléia Legislativa de São Paulo. Como não precisa de regulamentação, a nova lei entrará em vigor assim que for aprovada pelo governador.
Nos intervalos das aulas, os telefonemas estão liberados. ?Não há nada de inconstitucional no texto que possa vir a ser usado para um eventual veto?, acredita o deputado. ?O envio de torpedos e conversas desvia a atenção dos estudantes?, argumenta Morando.
O projeto confere aos professores a tarefa de fiscalizar os alunos. Na prática, isso já acontece em colégios particulares, que regulam o uso do aparelho por meio do regimento interno. O colégio Dante Alighieri, nos Jardins, zona oeste de São Paulo, não proíbe o uso, mas recomenda que o professor tire o aparelho do aluno flagrado conversando em classe e só o devolva ao final da aula.
Já no Colégio Arquidiocesano, na Vila Mariana, na zona sul da cidade, os aparelhos usados em sala de aula são recolhidos e entregues depois, aos pais dos estudantes. ?O celular tumultua o ambiente e desfavorece.
A novidade foi bem recebida pelo presidente do Sindicato das Escolas Particulares de São Paulo (Sieesp), José Augusto de Mattos Lourenço. ?Sala de aula não é lugar para celular, iPod, mp3 e outros aparelhos.? As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.