O promotor Marcos Túlio Nicolino afirmou nesta quinta-feira, 14, que Guilherme Longo, padrasto de Joaquim, de 3 anos, entrou em contradições em seu último depoimento em Ribeirão Preto (SP). Para ele, a tese de que uma terceira pessoa teria entrado na casa da família está descartada. “O assassino estava dentro da casa”, disse.

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Nicolino garante que não há como alguém ter entrado na casa, sequestrado e matado Joaquim. Longo defende a tese desde que o menino foi dado como desaparecido, há nove dias. O corpo foi achado no domingo, 10. No depoimento prestado ontem a Nicolino e ao delegado Paulo Henrique Martins de Castro, o principal suspeito de matar Joaquim repetiu o que já vinha dizendo. “Mas ele continua não explicando o que aconteceu naquela noite e não demonstra qualquer interesse em colaborar com as investigações”, afirma o promotor.

A polícia descarta fazer agora uma acareação entre Longo e sua mulher, a psicóloga Natália Ponte, mãe de Joaquim. Segundo o promotor, nos próximos dias será preciso reconstituir o que aconteceu dentro da casa da família na madrugada em que o casal afirma que o menino desapareceu.

Na versão apresentada pela defesa, Longo saiu de casa para buscar cocaína, deixou a porta aberta e trancou o portão. Nesse momento, o garoto teria sido retirado do quarto.

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Depoimento da mãe. Natália foi ouvida ontem novamente pela polícia. A psicóloga falou por mais de duas horas, mas o teor do depoimento não foi divulgado. Segundo o delegado Paulo Castro, o interrogatório trouxe novos elementos, que serão incluídos no inquérito.

Enquanto Natália prestava depoimento, uma nova testemunha apresentou informações que divergem das coletadas até agora pela polícia.

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Um pescador afirmou ter visto, na madrugada em que Joaquim desapareceu, um homem de jaqueta vermelha jogando algo enrolado em um lençol dentro do Rio Pardo, entre Ribeirão Preto e Jardinópolis. Segundo a testemunha, que estaria pescando no local, o homem chegou de carro, estacionou próximo à Rodovia Cândido Portinari e atirou o embrulho no rio. Até agora, as investigações indicam que o corpo de Joaquim teria sido jogado no córrego perto de sua casa. O delegado afirmou que requisitará à concessionária responsável pelo trecho da rodovia imagens para verificar se algum carro da família de Longo passou por lá naquele horário.