Arquivos da ditadura serão abertos

Salvador – O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem, em Salvador, que o governo caminha para a abertura dos arquivos secretos dos governos militares. “Estamos trabalhando nesse assunto com determinação, mas com cautela, sem fazer marola, gritaria, suspenses à toa”, afirmou. Conforme Bastos, a administração federal examina todas as questões, pois há documentos vigentes que, “claramente, não podem ser abertos, pois envolvem negociações diplomáticas, mas a questão não pode ser revolvida, assim, num salto, para não causar prejuízos ao Brasil”.

Ele considera, contudo, que deve haver uma solução para o assunto. “Caminha para a abertura, na minha opinião”, reafirmou, negando haver qualquer tipo de resistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente é um estadista, que raciocina, que pensa no bem do País e olha todos os lados das questões antes de decidir, e é isso que está sendo feito agora.”

Bastos esteve na capital baiana para assinar convênios na área de segurança pública com o governo da Bahia. Na solenidade, realizada no Palácio de Ondina, com o governador Paulo Souto (PFL), o ministro da Justiça encontrou-se com o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), de quem se diz amigo há mais de 20 anos. Indagado se apuraria as acusações feitas por ACM no Senado sobre o suposto uso da máquina federal na campanha da eleição municipal, Bastos esquivou-se, com bom-humor.

“Acho que não, pois sou um político amador; na verdade, sou um advogado transviado na administração pública”, brincou, achando que “essas questões” serão resolvidas “nos fóruns políticos”.

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